domingo, 3 de fevereiro de 2013

Inocência

Por onde começar 'inocência' ? - Primeira pergunta que me veio á mente.
Queria eu ter a pureza de conseguir descrever tal pessoa.

Inocência - ela ri, brinca e chora.
Se ilude e tenta se convencer de que está bem.
Tão volúvel e decidida.
Tão doce e tão amargurada pela vida.
Tenta ter fé nas pessoas.
Tenta acreditar nos sonhos.
Tenta fazer do mundo um lugar melhor.
Quer ser alguém ao mesmo tempo ninguém.
Quer parar de chorar, mas não consegue. Descontente com as dores da alma.
Vive em um mundo preto e branco. Mas ainda busca alguém que a cative.
Qualquer sorriso sincero, abraço apertado, cigarro compartilhado.
Tão tímida e extrovertida, quer ela ganhar o mundo. Um motivo pra sorrir.
Tão merecedora de pena, tão patética ( uma Macabéa da vida).
Quer ajudar as pessoas, apesar de que elas com suas atitudes a enojam.
Tão linda e pálida, tão pequena e tão grande ao mesmo tempo.
Tão inocente.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Uma eu qualquer, piegas.

Percebi ultimamente que sou daquelas pessoas que se apegam as coisas, as pessoas, aos objetos e em algumas ocasiões aos lugares. Também daquelas pessoas que guardam cartas com o perfume das pessoas, o papel de bala pra lembrar um dia qualquer, palavras ditas, lidas, momentos intensos, de cheiro, de amor, ardor, ou qualquer coisa assim. Se lembram os dias, o céu azul com algumas nuvens e a total perda da percepção de passagem tempo. Procurando brechas na realidade, criando um mundo paralelo qualquer onde as coisas todas vão acabar bem, e vai ser perfeito - Ilusão! - quando se sabe que não. Muitas vezes sem querer algumas coisas ficam apenas no papel, cabeça ou coração. Qualquer sentimento vira tolice, perto da razão. Mas pra que querer que algo faça sentido quando se é feliz? - Por que não se é feliz o tempo inteiro, breves momentos, apenas. E aquele apego todo á um sorriso? Um abraço? A alguém que te aquece o coração?
- Não! Não, Não!
E a gente nega a realidade, mas uma hora ela vai em cima, aquele momento em que é você por si só. Não há mais ninguém, apenas o eu, o ego, a ambição. 
Conclui-se que felicidade, é ter uma vida tranquila, ao lado de alguém que você goste, que lhe aceite nos defeitos e tenha um amor comedido.

Segredos

O que serão dos segredos velados na alma?
Aqueles que jamais serão revelados
- oh nunca serão o ultimo pingo a cair da chuva!
As vezes tenho a impressão que aquele algo alem-eu sabe,
E não me conta, embora eu sinta, não compreendo.
Uma ansiedade a cada próximo segundo do ponteiro do relógio.
Pins&needles
Inconformidades, com o ser, com o próximo, com os atomos.
E então a poesia foge de mim, me fazendo balbuciar frases aleatórias sem sentido
querendo que no fim, façam algum sentido qualquer, pra aqueles que também são inquietos.


Para o meu grande amor (2), que na verdade era pra ser o (1)

Engraçado como o amor é tão diferente pra cada pessoa, como acontece, as vezes de repente ou por acaso em um instante ou em alguns anos. Existem paixões avassaladoras, de se entregar completamente e amores comedidos. Amores à primeira vista, paixões que inflamam instantaneamente, acredito que cada uma delas tenha sua própria beleza, tempo, lugar e cada pessoa já viveu algo do tipo, se não, ainda vai. Paixões que ficam somente em pensamento e nunca vão acontecer – amores platônicos – são tão sublimes e lindos, como uma gota de sereno em uma pétala de rosa, e aqueles amores de uma vida inteira, que tem a beleza de uma brisa numa tarde de verão? É a eternidade do momento, que por um segundo pode ser lembrado para sempre, na memória ou fotografia. O amor, amoré, Love, amare, a palavra por si só é de tal poesia fascinante, inspiradora. Alguns dizem que é difícil ou mesmo impossível descrever tal sentimento, mas esses não amaram realmente, pois o sentimento é transformado em palavra e às vezes a palavra se sente. Sim, palavra também é sentimento, escritores ‘vomitam’ seus amores, suas dores, suas alegrias.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Para o meu grande amor (1)

O quão difícil pode ser o amor? - Ou o quão difícil pode ser viver sem ele?
Amamos alguém, para assim tentar tapar um ou outro buraco na alma,
Sempre esperamos alguém para nos completar, ser 'o' que falta.
Talvez o ser humano já nasça assim, e toda nossa vida seja uma grande busca. Principalmente, pelo o amor - não, não é a felicidade, felicidade é a consequência do amor correspondido.
                                           Nascemos incompletos.
Amar é. Quantos poetas já não começam com essas palavras? - Amar é, como se o amor pudesse ser definido - as vezes sim, as vezes não. Então, não, não vejo problemas com o clichê. Amar é entregar-se, dedica-se e cobrar coisas de sim mesmo que você nunca pensou que seria capaz, desdobrar-se, mudar, - sim, mudar. Quando a gente ama, muda (e pra melhor). - Amar é, encontrar nas imperfeições  nos sorrisos de alguém algo que acalente nossa alma.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Sobre sentir-se bem

Eu queria sair
eu queria viver - deixar solto aquele sorriso de domingo a tarde
quero as pessoas mais alegres, mais simples
quero a singularidade do lugar
[ eu queria sair ]
quero a poesia das nuvens em um céu azul
quero aquela brisa suave no verão
quero recuperar os por-do-sóis perdidos na correria do dia-a-dia
quero o nascer do sol pela manha
quero aquele beijo, aquele sorriso insinuoso
quero as noites mais quentes
quero viver assim, mas no fim
ser feliz
apenas.

Incompleto

E um pote de luz e sonhos ainda está guardado dentro de mim,
dentro dele, estão esperanças e ilusões,
e logo mais adiante, decepções, não no mesmo pote
           - em um ao lado,

estão lágrimas,

         desespero,

                               segredos, selados, com tal zelo,
de maneira para que nunca possam ser abertos.

E esse lugar, é como se fosse um quarto velho,
cheirando a mofo - é um lugar que não é visitado há vários anos;

Esse ''dentro de mim'' seria um baú, os potes estão dentro dele.
E nesse quarto tem quadros de fotografias nas paredes;
Fotos que nunca foram tiradas, feitas das memorias de quem as ver.
Em um canto, há uma pilha de livros que nunca foram lidos, empoeirados
Como se fosse histórias que nunca aconteceram.


Há também um espelho, tão antigo que é como se tivesse perdido a capacidade
de refletir.
E há uma janela de vidro, que sempre está fechada,
como se do lado de fora não houvesse nada que valha a pena ver.


(incompleto)